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quarta-feira, 11 de outubro de 2006


Numa ilha pantanosa do delta do Okavango, o comportamento de leões e búfalos modifica-se radicalmente. Predadores e presas adaptam-se às necessidades do ecossistema.

Os leões caçam tradicionalmente à noite ou, em alternativa, durante as horas frescas da alvorada ou do crepúsculo. Na planície de Duba, porém, o ritmo dos leões é diferente. Aqui, quando o calor do meio-dia se eleva a 50ºC, os felinos preparam-se para perseguir as presas. Esta é uma das muitas características invulgares de um grupo de leões que coexiste em relação íntima com uma manada de búfalos-africanos, numa ilha pantanosa do delta do Okavango. As nove leoas do grupo Tsaro (tsaro é a designação local atribuída às palmeiras sob as quais elas gostam de deitar-se a descansar) raramente perdem de vista a manada e, nos ataques desferidos contra este “armazém de comida”, não mostram o habitual comportamento furtivo das leoas. Quando caçam, correm directamente na direcção da presa. Todos os meses, os leões matam em média 22 membros da resistente manada, que conta com mais de mil animais. Sarapintada com o sangue de uma refeição conquistada a custo, esta leoa (na imagem) faz uma pausa para verificar se a manada está a agrupar. Os búfalos-africanos são uma presa difícil, mas, de forma surpreendente, a manada de Duba aprendeu a resistir em unidade. Em mais de três quartos das caçadas a que se assistiu durante os dois anos passados em Duba, os búfalos retribuíram a agressão dos felinos, chegando a causar ferimentos mortais às leoas. Os búfalos poderiam fugir da ilha, sobretudo durante a estação seca, época em que é possível atravessar os rios circundantes. Mas eles ficam. O seu lema parece ser: mais vale enfrentar o inimigo que se conhece...

Leia a história completa nas páginas da National Geographic Magazine.

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