Já lá chegaram...
LusoExpedição 2007:
Mergulhadores começam hoje a recolher material no oceano
A bordo do navio "Creoula", duas equipas de investigadores envolvidos na "LusoExpedição 2007" desceram hoje às águas do Atlântico Norte para as primeiras recolhas de material, no âmbito da missão científica organizada pela Universidade Lusófona com destino aos Açores.
Os mergulhos de hoje vão centrar-se na zona em redor do ilhéu de Vila Franca do Campo, frente à ilha de São Miguel, e apenas são possíveis pela chegada do "Creoula" aos Açores dois dias antes do previsto, pois o início dos trabalhos estava programado para segunda-feira.
Cada equipa de biólogos vai ser monitorizada por três mergulhadores profissionais: um que os acompanha na descida, outro que fica à superfície, no semi-rígido, a fazer vigia e outro ainda que fica a bordo do "Creoula" para dar ou receber indicações dos outros membros.
"Vamos conseguir fazer mais quatro mergulhos do que o previsto, o que é bom pois serve de treino para os restantes", disse à Lusa a responsável pelos mergulhos, Isabel Alpiarça, do Centro e Escola de Mergulho Nautilus.
Segundo a coordenadora da equipa, estes mergulhos acontecem a uma profundidade menor do que aqueles que irão decorrer a partir de segunda-feira nos ilhéus das Formigas e no banco de Dollabarat, sendo por isso ideais para que os biólogos de adaptem às particularidades do mar dos Açores.
Os principais mergulhos - que poderão chegar aos três por dia, o que está dependente das condições meteorológicas -, vão centrar-se na zona que engloba Dollabarat, que se encontra submerso, e as Formigas, uma cordilheira rochosa cuja parte superior está à superfície.
É nesta plataforma, situada ao largo das ilhas de São Miguel e Santa Maria, que vão ser recolhidos os organismos (peixes, algas e esponjas marinhas) que serão identificados e alguns analisados em laboratório.
Os ilhéus das Formigas, apesar de terem a parte superior à superfície da água, não servem como local de abrigo, pelo que é necessário tomar precauções redobradas e estar atento a sinais que passam despercebidos à maioria.
"Se há um acidente sério, o mergulhador nunca mais é visto e o equipamento de salvamento existente a bordo pode não ser suficiente", frisou João Delgado, um dos membros da equipa profissional de mergulhadores.
Uma das formas de detectar o rasto de um mergulhador, acrescenta, é seguir as bolhas de ar libertadas e a equipa já tem experiência em identificar esses sinais, por isso é que fica sempre um vigia à superfície.
Os mergulhos nas Formigas e em Dollabarat podem atingir uma profundidade de 30 a 35 metros e serão feitos em alturas estratégicas do dia: durante o chamado "estofo da maré", período que medeia a transição da maré-cheia para vazia e vice-versa, altura em que a corrente é mais fraca.
notícia agência Lusa
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