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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ambiente:

Greenpeace expõe cadáveres de baleias e golfinhos na Alemanha para exigir maior protecção
A organização ecologista Greenpeace colocou hoje frente à Porta de Brandenburgo de Berlim, Alemanha, 17 cadáveres de baleias e golfinhos para exigir uma maior protecção desses cetáceos e a manutenção da moratória para a sua caça comercial.

Os 17 animais, todos vítimas da actividade humana e conservados em gelo, foram expostos no centro da capital alemã com as respectivas certidões de óbito e causas de morte e representam, de acordo com a Greenpeace, os animais que, "de meia a meia hora morrem no mundo".
De acordo com a bióloga marinha e membro da organização ecologista Greenpeace Stefanie Werner, esta iniciativa surge como medida de pressão no âmbito da reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI) e visa chamar a atenção da presidência alemã da União Europeia (UE) para os "perigos que ameaçam estes mamíferos".

Entre 28 e 31 de Maio, os 72 governos que compõem a CBI, entre os quais Portugal (que integra o bloco que se debate pela conservação e protecção deste animais) reúnem-se em Anchorage, no Alasca, na reunião anual daquele organismo para discutir o futuro das baleias.
Nesta conferência, os principais países baleeiros que praticam a caça sob pretexto científicos, como Japão, Islândia ou Noruega, vão solicitar que se retome a caça e comércio de baleia e que se anule a moratória imposta pela CBI em 1982, que proíbe, com algumas excepções, a caça destes mamíferos.

A responsável da Greenpeace sublinhou ser necessário impedir que estes países acabem com a moratória e defendeu ainda a proibição total da pesca de arrasto que, de acordo com a especialista, mata anualmente cerca de 300 mil baleias e golfinhos.
Werner afirmou que muitos destes animais morrem presos nas redes de arrasto ou depois de colidirem com os navios, sendo impossível calcular o número que morre devido à poluição, aos radares marinhos ou devido às alterações climáticas.
"Estes animais não têm tempo a perder em largas negociações e precisam de ajuda agora", disse a bióloga, considerando "inconcebível" que existam países que, ainda por cima, querem caçar estes animais para fins comerciais.

A responsável da Greenpeace exigiu que se reforme a CBI para que esta funcione como "um instrumento de protecção dos cetáceos" e para que possam ser criadas reservas marinhas que englobem no mínimo 40 por cento da superfície dos oceanos e onde exista uma proibição de pesca e caça à baleia. "Os governos que participam na CBI devem comprometer-se a defender as baleias e não a indústria baleeira", afirmou Werner.

A especialista da organização não-governamental exigiu ainda que a UE fixe linhas de actuação conjuntas e de cumprimento obrigatório para a protecção destes animais.
Representantes dos Governos de 17 países, incluindo Portugal, apresentaram em Janeiro um apelo conjunto ao Japão para que renuncie à caça "científica" à baleia.
Além de Portugal, o protesto foi subscrito pela Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Bélgica, Brasil, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Suécia e Reino Unido.

Notícia Lusa

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