Estudo
Derrame do «Prestige» provocou alterações hormonais e genéticas
Segundo o site do jornal espanhol ABC, o fuelóleo derramado pelo «Prestige» há quatro anos na Galiza, num total de 77.000 toneladas, provocou alterações hormonais e genéticas nas equipas que ajudaram a conter a catástrofe.
Tudo aconteceu à quatro anos. O «Prestige» foi ao fundo com mais de 77.000 toneladas de fuelóleo. Esse 19 de novembro passará a fazer parte da historia trágica da Galiza, mas também originou a maior onda de solidaridade que se recorda. Nunca houve tantos voluntários (327.476) e tão pouco rigor sanitário.
Foi dado agora a conhecer um primeiro trabalho de investigação que corrobora as deficiências na saúde pública que se cometeram na gestão da catástrofe. O estudo foi publicado na revista científica «Enviroment International», e procurou determinar as repercussões sobre o material genético dos voluntários e limpadores, já que o óleo que transportava o «Prestige» continha numerosas substâncias mutagénicas e cancerigenas.
Os investigadores constataram através de testes laboratoriais que todos os voluntários expostos ao combustível, num total de 327.476, sofreram alterações genéticas e hormonais. Todavia, os danos podem ser reparados pelo organismo, sobretudo porque a maioria dos voluntários envolvidos nas operações são jovens e estiveram pouco tempo em contacto com os materiais perigosos. Pior cenário antevê-se para aqueles que trabalharam durante três a quatro meses na limpeza do combustível, uma vez que as alterações genéticas e hormonais são mais acentuadas e, por conseguinte, menos difíceis de reparar pelo organismo, conclui o estudo.
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